Peter Moon, da Agência Fapesp
São Paulo – O consumo de alimentos industrializados – principalmente refrigerantes – e o sedentarismo têm causado um aumento expressivo nos casos de Síndrome Metabólica entre os índios xavantes das reservas de São Marcos e Sangradouro/Volta Grande, ambas no Mato Grosso.

Entre a população total de 4.065 indivíduos das duas reservas, foram estudados 932 índios com 20 anos ou mais.

Destes, 66,1% apresentaram Síndrome Metabólica, definida como uma condição na qual os fatores de risco para doenças cardiovasculares e diabetes mellitus ocorrem em um mesmo indivíduo.

Os seus principais componentes são obesidade abdominal, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia e distúrbios do metabolismo da glicose.

É o que revela uma pesquisa publicada no periódico Diabetology & Metabolics Syndrome. O trabalho faz parte da tese de doutorado da Profa. Luana Padua Soares, do curso de Nutrição da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), apoiada pela FAPESP.