8jan2016---criancas-seguram-cartazes-contra-racismo-durante-ato-na-casa-de-passagem-indigena-em-curitiba-pr-contra-a-morte-do-menino-ind

Matheus de Ávila Silveira, 23, que confessou o assassinato do menino kaingang Vitor Pinto, 2, está respondendo por crime de homicídio duplamente qualificado, após denúncia do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina). O crime aconteceu no dia 30 de dezembro do ano passado, em frente à rodoviária de Imbituba, no litoral sul de Santa Catarina.

O Promotor de Justiça Gláucio José Souza Alberton, responsável pelo documento, argumentou que o crime foi duplamente qualificado porque “foi cometido por motivo torpe e mediante recurso que impossibilitou a defesa para a vítima”. Há ainda os agravantes de ter sido praticado contra menor de 14 anos e contra índio não integrado, define comunicado do MPE.

 

Alberton também se manifestou favorável ao pedido de prisão preventiva solicitado pelo delegado da Polícia Civil de Imbituba (SC), Raphael Giordani. Ele foi atendido pelo juízo da 2ª Vara da Comarca de Imbituba. A decisão é passível de recurso.

Silveira está preso desde o início do ano. Ele confessou o crime e diz ter matado a criança por “influência dos espíritos”.

Sobre o caso

Vitor Pinto, um menino indígena de dois anos da tribo dos Kaigangs estava sendo alimentado pela sua mãe, Sônia da Silva, nos arredores da rodoviária de Imbituba no dia 30 de dezembro. Um homem, supostamente Matheus Silveira, fez um carinho no menino e, quando a criança levantou o rosto, degolou-a com um estilete. Vitor morreu no local.