ATENDIMENTO A SAUDE INDIGENA

Dos 372 médicos que trabalhavam em terras indígenas, 301 eram cubanos do programa Mais Médicos que foram embora quando Bolsonaro anunciou o fim da parceria

“Confusão dos brancos” é a expressão usada por Mairawê Kaiabi, liderança indígena no Xingu, para retratar as políticas públicas para saúde indígena no Brasil. Decisões da gestão do presidente Jair Bolsonaro como a saída dos cubanos do programa Mais Médicos, em novembro do ano passado, e o corte de verbas da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) agravaram a já precária assistência nos territórios indígenas.As mortes de três bebês kaiabis no intervalo de 11 dias em abril revelam um alerta no cuidado da saúde de crianças indígenas.Além de médicos, faltam remédios como antibióticos e anestesias, o que compromete atendimentos básicos e demanda resgates aéreos, fluviais e terrestres até as cidades. O combustível também é insuficiente para as emergências. Por conta dos cortes, funcionários da saúde com salários atrasados abandonaram seus postos – ou trabalham voluntariamente.

A Cacique Valdelice Tupinambá o Embaixador Cubano Rolando Gomes e o Conselheiro Estadual de Saúde Walney Magno, na aldeia Itapoan em Ilhéus na Bahia, na oportunidade homenagearam os profissionais Cubanos do programa “Mais Médicos”,

Os 7.500 índios das 16 etnias que vivem no Xingu ficaram sem médicos no início de novembro, quando Jair Bolsonaro, então presidente eleito, anunciou o fim da parceria que permitia a atuação de médicos cubanos no Brasil pelo programa Mais Médicos. A decisão do novo governo afetou diretamente o atendimento nas aldeias, pois dos 372 médicos que trabalhavam em terras indígenas, 301 eram cubanos, incluindo os seis do Xingu.

Fonte: Forum