Crise do óleo: Após 100 dias pesquisadores e setores do governo realizam reunião para discutir tema
Algumas ações preventivas foram analisadas, e o Grupo “SOS MANGUE MAR” da Resex de Canavieiras, que possibilitou a atuação conjunta de pescadores, voluntários e órgãos públicos, foi destaque no encontro.
Aproximadamente cem pesquisadores, ambientalistas e representantes da sociedade civil, participaram de um encontro promovido pelo Grupo de Acompanhamento e Avaliação ( GAA ), que é composto por Marinha , Ibama e Agência Nacional do Petróleo ( ANP ), para debater o vazamento do óleo que atingiu 11 Estados no litoral do nordeste.
A reunião teve a incumbência de debater ações de curto, médio e longo prazo para enfrentar o derramamento, entre pesquisadores e o Grupo de Acompanhamento e Avaliação.
O encontro que aconteceu na Escola de Guerra Naval, na Urca, zona sul do Rio de Janeiro, entre os dias 6 e 8 de dezembro, pesquisadores, divididos em sete grupo de trabalho, debateram temas como o impacto socioeconômico do vazamento, a conservação de mangues e corais, o sensoriamento remoto, entre outros pontos.
O pescador artesanal Carlos Bastos, que é da Amex de Canavieiras, e representou a Confrem Brasil e o grupo “S.O.S MangueMar”, que atua na retirada e no monitoramento do óleo na região sul da Bahia.
Para Carlos Bastos, que foi convidado para participar do Grupo Áreas Protegidas, é de grande importância as ações de monitoramento, pesquisas, reparação e prevenção para que episódios similares não mais ocorram, e que planos de emergência sejam elaborados para ações imediatas quando necessário. “Por falta de informações ainda vivemos na expectativa, porque ainda não sabemos se pode chegar mais óleo”, enfatizou Carlos.
A Bahia também viu o óleo chegar a pontos turísticos, como o Arquipélago de Abrolhos, Morro de São Paulo, nas cidades de: Maraú, Itacaré, Ilhéus, Canavieiras, Belmonte e outras mais do litoral baiano. O governo estadual da Bahia desembolsou cerca de R$ 736 mil nas operações contra as manchas de óleo, inclusive na aquisição de camisas de proteção ultravioleta e no uso de lanchas para vistorias.
Da Redação