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(Por Eduardo Barreto)

A defensoria pública da União (DPU) opinou pela autorização à posse do Cacique Marquinhos, prefeito eleito em pesqueira (PE). Líder do povo Xukuru, eleito pelo partido Republicanos é o primeiro indígena eleito da região.

Leia: defesa de cacique xukuru pede que TSE autoriza posse de prefeito

Em um parecer, o defensor nacional de Direitos Humanos, Atanasio Darcy, manifestou-se favorável a Marquinhos, e pediu para a DPU participar do julgamento.

O relator do caso é o ministro Sergio Banhos, que nesta semana solicitou o posicionamento da defesa e do MP Eleitoral sobre a demanda da DPU.

O Tribunal Eleitoral de Pernambuco decidiu que Marquinhos está inelegível por causa de uma condenação em 2003, por crime de incêndio.

A defesa alega que Marquinhos foi vítima de uma emboscada a tiros, que matou dois amigos do cacique, e que o incêndio foi causado pela comunidade, em represália ao ataque.

Em 2018, a Corte Interamericana de Direitos Humanos decidiu que o cacique foi alvo de perseguição política.

Em dezembro, o MP Eleitoral pediu que o TSE mantenha Marquinhos inelegível.