Os Kiriri de Banzaê se mantiveram por cinco dias em protesto. Foto: Adenilza Kiriri.

Os povos  indígenas Kiriri do município de Banzaê na Bahia, finalizaram hoje (29), uma manifestação pacífica onde reivindicavam providências, após um  atropelamento que vitimizou a liderança indígena, José Francisco dos Santos, que foi  a óbito, sem se quer ter recebido assistência, por parte do condutor do veículo.  José Francisco era um ancião, conselheiro tribal da comunidade Kiriri, e uma  grande liderança no movimento  indígena do estado.

Foram quatro dias de protesto e interdição da BA-388, que começou na última sexta-feira (25), confira clicando, onde os manifestantes indígenas reivindicaram além do pedido da prisão do responsável pela morte do ancião, a melhoria na iluminação e Sinalização da rodovia, e a construção dos acostamentos nas vias laterais da BA 388, bem como a vigilância nas aldeias.

Foram cinco dias de protestos e negociações com autoridades. Foto: Adenilza Kiriri

O encerramento do ato se deu logo após a confirmação do comparecimento do indivíduo, na delegacia de Euclides da Cunha, acusado pelo atropelamento de José Francisco, onde o  mesmo se apresentou, e deu sua versão do acontecido. Em seguida houve um entendimento entre as lideranças indígenas com os representantes dos órgãos dos poderes públicos municipal, estadual e federal, onde se comprometeram em iniciar uma rodada de reuniões, já na próxima semana com as lideranças Kiriri, no sentido de resolver todas as demandas apresentadas.

Em nota a liderança indígena Davi Kiriri do conselheiro tribal, e secretário da Associação indígena Apinoba dos Kiriri, agradeceu a todos os manifestantes pela participação no ato, e cobrou celeridade nas investigações do inquérito policial civil contra o acusado do atropelamento, e o cumprimento das pautas, definidas para poderes públicos.

 

Ainda em nota, Davi Kiriri agradeceu também aos negociadores da policia Militar da Bahia, na pessoa do major José Luiz da PM, e as organizações indígenas (APINOBA, MIBA, MUPOIBA, APOINME, APIB, e a SEPROMI), pelo o apoio a iniciativa “esperamos que os órgãos governamentais cumpram com as nossas reivindicações, ou nós  voltaremos a luta”, ressaltou Davi.

Informações e Fotos: Adenilza Kiriri