:: abr/2016
Os desafios da educação indígena no Brasil
Escrito por Gisella Meneguelli
Quem já estudou uma segunda da língua sabe da importância para a aprendizagem de professores capacitados e de materiais didáticos adequados.
Imagina, então, aprender uma outra língua desconectada da cultura, da história e dos hábitos de um povo? Essa dificuldade vem sendo enfrentada por muitas crianças e jovens indígenas. De acordo com Censo Escolar 2015, realizado pelo Ministério da Educação (MEC), cerca da metade das escolas indígenas têm material didático específico para o grupo.
Especialistas em educação dizem que esse cenário é comum e que os indígenas raramente têm acesso a materiais em suas próprias línguas, os quais, geralmente, são elaborados por…… :: LEIA MAIS »
Dilma é presidente que menos demarcou terras indígenas na democracia
A presidente Dilma Rousseff retomou o processo de demarcação de terras indígenas nesta semana que antecede a votação do impeachment do seu mandato em comissão especial da Câmara. Os números oficiais mostram que ela pode deixar o governo como a presidente que menos demarcou terras no período democrático do país.
Collor demarcou, em 1992, o território Yanomami, o maior do país. No ranking do período democrático, ele homologou 8 milhões de hectares por ano, seguido de Fernando Henrique (5 milhões), José Sarney (2,8 milhões), Itamar Franco (2,5 milhões) e Luiz Inácio Lula da Silva (2 milhões). Dilma não passou de uma média de 600 mil hectares.
Indígena morre em colisão na zona rural de Londrina
João Paulo Sérgio Menegildo, de 23 anos, bateu a moto que conduzia em um caminhão carregado com toras de madeira e morreu na hora.
Um indígena da Reserva Apucaraninha, no distrito de Lerroville (60 km de Londrina), identificado como João Paulo Sérgio Menegildo, de 23 anos, morreu na noite desta terça-feira (26) após bater a moto que conduzia pela avenida Doutor Gustavo Avelino Correia em um caminhão carregado de toras de madeira. O veículo estava estacionado no momento da forte batida.
A moto Bros 2013, que pertence à comunidade, teve alguns danos. A traseira do caminhão também ficou danificada. O proprietário não foi localizado, mas testemunhas afirmaram à Polícia Militar que a sinalização estava adequada. Outro indígena da aldeia, Dille Campolim, 21 anos, que acompanhava Menegildo na viagem, sofreu ferimentos com o impacto. Ele foi levado por uma ambulância do Samu até o Hospital Municipal São Francisco, em Tamarana.
CPI do Cimi encerra oitivas com depoimento de professor indígena
Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o Conselho Missionário Indigenista realizou hoje a última oitiva antes de apresentar o relatório final
Wanderley Dias Cardoso é doutor em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e mora em Aquidauana. Ele reside tanto na cidade como na Aldeia Limão Verde, onde nasceu e explicou que leciona na cidade e na aldeia e por isso tem as duas moradias. Contou também que já trabalhou na Fundação Nacional do Índio (Funai) e é ex-trabalhador dos canaviais e cafezais. “Quando eu trabalhei na Funai eu percebi uma força política muito grande não só no Mato Grosso do Sul, mas no Brasil do Cimi”, declarou o professor.
E ainda falou da importância e como se dá a escolha dos caciques nas aldeias. “O cacique é a autoridade máxima dentro da aldeia, o mandato varia de três a quatro anos, dependendo da aldeia. Ele é escolhido pela comunidade indígena. Índio sai da aldeia, usa cocar e é visto como liderança, mas liderança para os terenas é quando ele….
Aldeia indígena recebe visitação
Índios participam de atividades com público desde terça-feira até domingo.
Tupi-Guarani mostram costumes de vida na Fazenda São Bernardo.
Durante a estadia na fazenda, os índios mostraM seu modo de vida aos visitantes, que poderão vivenciar cânticos sagrados, conhecer ervas medicinais, aprender sobre espécies nativas e participar da produção de artesanatos. Jogos, brincadeiras, pinturas e rodas de conversa também fazem parte da programação.
No sábado (30), na capela da fazenda aconteceM o batismo do Kaynã, curumim da aldeia. O ritual é uma tradição Tupi Nhandeva e será liderado pelo Pajé Valdir. A Fazenda fica na Avenida São Bernardo. O evento é organizado pela Organização Social Abaçaí Cultura e Arte.
Serviço
O que: Caaporã – Encontro das Comunidades Indígenas.
Quando: De terça-feira (26) a domingo (1), sempre a partir das 9h.
Onde: Fazenda São Bernardo, em Rafard.
Índios usam urna eletrônica para escolher cacique em SC
Foto: Maykon Lammerhirt / Agencia RBS
Índios do oeste de Santa Catarina utilizaram urnas eletrônicas para escolher o cacique da Terra Indígena Toldo Chimbangue, em Chapecó, no último domingo. Foi a primeira vez que o equipamento foi utilizado para esse tipo de votação.
Ao todo, 250 pessoas votaram, e o resultado saiu em menos de dez minutos. Foram 162 votos para a Chapa 1 e 85 para a Chapa 2. Com isso, o cacique Idalino Fernandes foi reeleito.
Jornada Esportiva e Cultural Indígena reúne índios de vários estados em Maricá
A Primeira Jornada Esportiva e Cultural Indígena (Jeci) reuniu índios de vários estados do Brasil na aldeia Ka’aguy Ovy Porã (Mata Verde Bonita), em São José do Imbassaí, para uma festa com jogos, danças, músicas, lutas e gastronomia indígena entre os dias 22 e 24/04. Na sexta-feira, primeiro dia do evento, a abertura contou com uma apresentação de corais entoando cânticos indígenas, que atraíram boa parte do público presente à tenda onde um palco foi montado. :: LEIA MAIS »
Indígenas terão imunização contra H1N1 antecipada
São Paulo – “Estamos longe da cidade e aqui ninguém pega doença de ar-condicionado do escritório e do trem.” Foi dessa forma que o cacique Fabio, chefe da Aldeia Krukutu, no bairro da Barragem, extremo sul de São Paulo (a cerca de 40 quilômetros da Praça da Sé), tratou o surto de H1N1, que ainda não chegou aos povos indígenas. Os índios estão no grupo de risco da doença, assim como gestantes e idosos, e vão começar a receber a vacina na rede pública.
“Teve surto de dengue, zika e chikungunya e aqui também ninguém adoeceu. Tomamos todos os cuidados necessários na tribo para evitar qualquer tipo de doença. E outra: vivemos no meio da natureza e preservamos o local. Isso ajuda na longevidade”, explicou o cacique. Segundo ele, nem o guarani mais velho da aldeia, com 99 anos, fica doente. “Ele vive sozinho em uma área mais afastada, no meio do mato. Planta e colhe todo o dia e nunca teve nada.”
Carta da APIB à Relatora da ONU para Povos Indígenas, sobre a prisão do Cacique Babau do Povo Tupinambá
09 de Abril de 2016
Carta No. 11/APIB/2016, a Victoria Tauli-Corpuz, Relatora da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Povos Indígenas
Prezada Relatora:
Informamos por este meio, que no dia de ontem, 07 de abril, há exatamente um mês que a vossa excelência iniciou a sua visita ao Brasil para verificar a situação dos direitos humanos fundamentais dos povos indígenas deste país, a Polícia Militar do Estado da Bahia, praticou mais um ato arbitrário, de violência, perseguição e criminalização contra o povo Tupinambá que a Senhora teve a oportunidade de conhecer. No contexto de decisão judicial que autorizou a reintegração de posse em favor de invasores do território deste povo, a polícia deteve no município de Olivença o cacique Rosivaldo Ferreira da Silva, mais conhecido como Babau Tupinambá, e o seu irmão José Aelson Jesus da Silva, o Teity Tupinambá, em circunstancias pouco esclarecidas e em base acusações infundadas. O absurdo é que o Cacique Babau Tupinambá faz parte do Programa de Proteção de Defensores dos Direitos Humanos da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da república.
A APIB, diante deste novo ataque contra os povos indígenas do Brasil, solicita da vossa excelência que por favor se manifeste urgentemente junto ao governo brasileiro, o judiciário e autoridades envolvidas, pela integridade física soltura do Cacique Babau e de seu irmão, e que ao invés de perseguir e criminalizar os povos e suas lideranças, que sejam garantidos os seus direitos fundamentais, especialmente o direito à terra, território e recursos naturais, necessários para a sua existência e continuidade física e cultural. Que o governo federal garanta a continuação e consolidação do processo demarcatório da terra do Povo Tupinambá.
Na confiança de contarmos mais uma vez com o seu apoio, subscrevemo-nos.
Atenciosamente.
APIB – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil
Coordenação Executiva
MS – Jogos indígenas começam com 700 atletas de 20 comunidades da Capital
A 11° edição dos Jogos dos Povos Indígenas começou neste domingo (03), com a participação de 700 atletas, de 20 comunidades de Campo Grande. Realizado pela prefeitura municipal, por meio da Funesp (Fundação Municipal de Esporte), será disputado em seis modalidades, entre elas as tradicionais como lança, cabo de guerra e arco e flecha.
O coordenador de esportes da Funesp, Marcos Ortega, ressaltou que além das modalidades tradicionais, também haverá provas de atletismo, competição de voleibol e futebol de campo. “Tivemos maior participação desta vez, com 700 atletas de 20 comunidades, uma evolução, pois ano passado tinha apenas 500”.
Ele explicou que a prefeitura vai até as comunidades e aldeias urbanas, para conversar com as lideranças, que montam suas equipes na competição. “Os primeiros colocados levam troféus e medalhas e ainda se credenciam para edição estadual, que vai ocorrer em maio”. :: LEIA MAIS »