Isaac Piyãko não recebeu as chaves da prefeitura de Marechal Thaumaturgo do seu antecessor, Aldemir Lopes

Isaac Piyãko (PMDB), o primeiro prefeito indígena eleito no Acre, no município de Marechal Thaumaturgo, não recebeu as chaves do prédio da sede municipal do seu antecessor, Aldemir Lopes (PT), muito menos algum tipo de relatório. Para poder assumir o gabinete, Piyãko precisou arrombar as portas do prédio. Além disso, Piyãko disse que encontrou outras irregularidades e está produzindo relatórios, que devem ser apresentados ao Ministério Público do Acre (MP-AC). Além disso, ele foi até a Delegacia de Cruzeiro do Sul registrar os fatos.“No dia 1º, que foi o dia da posse, seguimos para a prefeitura e estava fechada. Até aí tudo bem, pois era domingo. Esperamos o dia 2 e tudo novamente fechado. A chave da porta da frente conseguimos encontrar, mas as demais estavam trancadas e tive que chamar os carpinteiros”, relata.

“A questão mais grave não é nem a da chave, mas a patrimonial. Encontramos carros abandonados, quebrados e em alguns encontramos até água dentro do tanque de combustível. Fizemos um registro e um relatório vai ser entregue aos órgãos competentes para não comprometer nossa gestão”, explica.

A movimentação na conta da prefeitura é outra denúncia de Piyãko. Segundo ele, houve movimentação da conta até dia 2 de janeiro, quando os recursos deveriam estar sem movimentação desde o dia 30 de dezembro de 2016. “Tudo vai ser passado para a Justiça, estamos acompanhando as movimentações das contas. Até o dia 2 ainda estavam movimentando as contas da prefeitura”, denuncia.

O antigo prefeito ainda não se pronunciou sobre as acusações.

Fonte: noticiasaominuto.com.br