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O secretário estadual do Desenvolvimento Rural (SDR), Osni Cardoso (PT), admitiu na segunda-feira (23), em entrevista ao podcast Projeto Prisma, que o governo da Bahia considera a possibilidade de recriar uma empresa para cuidar da assistência técnica para produtores rurais.

Segundo ele, há um déficit na cobertura realizada pelo estado na agricultura familiar.

“Nós temos mais de 700 mil propriedades ou estabelecimentos rurais na Bahia. Desses, 593 mil são da agricultura familiar. A assistência técnica lá só está chegando a cerca de 120 a 140 mil, dependendo do movimento que a gente fizer. Estamos falando de um terço da cobertura. Então, falta muita gente para ser atendida”, reconheceu Osni.

A ideia é recriar uma empresa pública estadual que fique responsável por garantir essa assistência técnica de maneira mais rápida, ocupando o espaço que era da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrário (EBDA), extinta em setembro de 2016, através de um decreto assinado pelo então secretário de Desenvolvimento Rural e atual governador do estado, Jerônimo Rodrigues (PT).
“Estamos pensando em mais um formato. Estamos dialogando na perspectiva de talvez voltar a ter uma empresa baiana de assistência técnica. Tinha a EBDA, mas tinha vários problemas e estava sem funcionar na qualidade que a gente precisava”, justificou Osni.

“É possível. Nós já começamos a dialogar. O governador Jerônimo já tem avaliado essa perspectiva. Ainda não paramos para ver isso, mas é uma perspectiva real da gente ter uma empresa com mais recursos dentro, com mais estrutura”, continuou o atual titular da SDR.

Osni explicou que, atualmente, a assistência técnica a produtores rurais tem sido realizada pela Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), mas o fato de não ser uma empresa estaria diminuindo a eficiência do serviço prestado pelo estado.
“A Bahiater é o que tem hoje. A assistência técnica é feita pela Bahiater. Só que ela não é empresa. O histórico que a gente tem é que a empresa funciona um pouquinho melhor para esse tipo de atividade pública. É mais rápida e pula um pouquinho das burocracias”, avaliou o secretário.

Informações: Bahia Notícias