desopaçao da funai

Protestos foram motivados por possível mudança de diretoria.
Reunião garantiu que Funai poderá nomear futuro gestor, diz movimento.

nas cidades de Macapá e Oiapoque, a 590 quilômetros da capital, deixou ambos os locais na noite de sábado (16), após um acordo feito durante uma reunião de negociação ocorrida na sexta-feira (15).

Segundo o líder do movimento de Articulação dos Povos Indígenas e Organizações do Amapá (Apoianp), Welisson Iaparrá, o acordo garantiu que a possível indicação de um militar para comandar a instituição em âmbito nacional não vai ocorrer e que a Funai pode nomear o futuro gestor.Em Macapá, protesto iniciou no dia 12 de julho

“Essa decisão vai ocorrer juntamente com o Ministério da Justiça, e para nós é uma vitória, pois ao contrário, poderia afetar políticas públicas da Funai e causar possíveis cortes no orçamento, que seria muito prejudicial para os indígenas”, enfatizou.

O movimento protestou contra a possível indicação de um militar do Exército Brasileiro para o comando da entidade, conforme noticiado pelo jornal “Folha de S. Paulo”. A informação foi negada pelo Ministério da Justiça, que em nota disse “que não houve nenhum convite para o general de reserva do Exército, Sebastião Roberto Peternelli Junior, para assumir a presidência da Funai”.

No Amapá, o movimento de ocupação dos indígenas iniciou no dia 6 de julho, em Oiapoque. Na sede da Funai estiveram reunidos índios das aldeias do Manga, Kumenê, Karipuna e demais comunidades próximas à Oiapoque. Além do prédio, o movimento bloqueou por dois dias o quilômetro 787 da BR-156. O local foi liberado no dia 14 de julho.

Em Macapá, o protesto iniciou no dia 12 de julho. Com os rostos e corpos pintados e arco e flechas em mãos, os indígenas fecharam a sede da Funai e provocaram a interrupção das atividades dos servidores.