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Medida diminuiria problemas com transporte para aldeias do Tumucumaque.
Proposta foi apresentada à FAB durante reunião.

Lideranças indígenas sugeriram a criação de rotas aéreas regulares entre a região do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque e Macapá, no Amapá. A medida seria uma alternativa para solucionar problemas de transporte e acesso as cerca de 50 aldeias do parque, uma região isolada onde o único meio de acesso é por via aérea.

A sugestão foi proposta em uma reunião realizada na terça-feira (13), entre indígenas, Força Aérea Brasileira (FAB), Fundação Nacional do Índio (Funai) e Ministério Público Federal (MPF).

“Isso representa um enorme obstáculo, não apenas ao nosso direito de ir e vir, mas ao acesso e à implementação de políticas públicas de saúde, educação, gestão territorial e outras que o Estado brasileiro garante aos povos indígenas”, reivindicam as etnias em comunicado entregue aos representantes da FAB.

De acordo com o procurador da República Thiago Cunha, o primeiro encaminhamento será uma tentativa de acordo entre o MPF e o Ministério da Defesa. Uma reunião deve

“É uma região isolada e só quem pode prestar de maneira mais efetiva o apoio no transporte de pessoas e coisas para lá é a FAB. A primeira medida seria criar um instrumento para que a aeronáutica fique à disposição dos órgãos que precisam levar indígenas ou serviço público ao Parque do Tumucumaque mediante transferência de recursos quando esse auxílio for solicitado. Para que isso aconteça, o MPF vai tentar um acordo com o Ministério da Defesa e órgãos interessados em Brasília”, explicou Cunha.

Segundo ele, a Aeronáutica poderia disponibilizar os voos necessários mediante repasse de recursos de órgãos como Funai, Sesai e governo do Amapá para cobrir os custos básicos das operações, como combustível e manutenção.

Transporte de equipamentos
Segundo o MPF, cerca de 50 toneladas de equipamentos, entre medicamentos, veículos e material escolar, estão disponíveis para serem entregues às aldeias desde 2010, em Macapá. O procurador informou que a Funai deve medir o volume desses materiais em até 5 dias úteis e a FAB fará o transporte em breve.