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A CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe) divulgou um relatório na terça-feira, dia 1º de novembro, que mostra a desigualdade social em países latino-americanos. Já é sabido que o problema da pobreza é intrínseco no Brasil desde a sua descoberta. Índios, negros e outras minorias ficam à margem da sociedade, liderada por homens brancos.

O relatório do CEPAL mostra como esse quadro ainda está longe de ser ideal. Ele mostra como o índice de miséria entre afrodescendentes tem uma média de 22%, já entre os brancos, o índice é de 10%.

Ao analisar dados de 2014 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a CEPAL também calculou as porcentagens de cada grupo étnico que vive em situação de extrema pobreza.

São 3% dos brancos vivendo com extrema pobreza. Entre a população negra, esse número passa para 6% e, entre a população indígena, o número chega a assustar: são 18% de índios no Brasil vivendo em situação de pobreza extrema.

E a disparidade de renda continua com mais dados chocantes: 49% dos indígenas e 33% dos afrodescendentes estão entre o um quinto da população mais pobre do país. Já do outro lado do espectro, há um dado que informa que 24% dos indivíduos brancos estão entre os 20% mais ricos do país, comparado a apenas 8% dos negros e 7% dos indígenas nesse mesmo grupo seleto.

Essa desigualdade nacional não é exclusiva do Brasil. O nosso país está acompanhando um padrão da região. Na América Latina, em média, 37% dos indígenas e 34% dos negros fazem parte dos 20% mais pobres. Já a participação desses dois grupos étnicos nas camadas mais ricas da sociedade é aproximadamente a metade da participação dos brancos.