Indígena em trabalho de parto precisa atravessar rio a pé após ponte queimar
Teve que enfrentar correnteza e subir ladeira na mata para chegar ao hospital.
Ponte ficava dentro de reserva; comunidade está praticamente isolada.
A indígena Liviane Xerente, que estava grávida de nove meses e em trabalho de parto teve atravessar o rio Piabanha caminhando na última sexta-feira (4). Isso porque a ponte que liga os municípios de Tocantínia e Pedro Afonso foi incendiada no dia 2. Após o transtorno ela conseguiu chegar ao hospital e dar à luz.
A criança ainda não tem nome e por enquanto será chamada de Tarê, que significa menina na língua indígena. “Eu estou bem e minha filha também graças a Deus. Passar por tudo que a gente passou naquele ribeirão. A gente espera que a ponte possa ser consertada logo”, comentou.
A indígena teve que enfrentar a correnteza e subir ladeira no meio da mata para chegar até o hospital. “Ficou difícil para passar agora”, reclamou. Uma técnica de enfermagem acompanhou Liviane. “Tinha que passar por aqui mesmo porque dar a volta é muito longe”, disse.
A ponte fica na TO-010 dentro da reserva Xerente. Das 68 aldeias da comunidade Xerente, a maioria depende da ponte e está praticamente isolada.
Mãe e filha passam bem (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)