Feathers are thrown in the air as First Nations people in traditional dress participate in the Walk for Reconciliation in Vancouver, B.C., on Sunday September 22, 2013. Thousands of people attended the walk that wrapped up a week Truth and Reconciliation Commission of Canada events in the city. From the 19th century until the 1970s, more than 150,000 aboriginal children were required to attend state-funded Christian schools in an attempt to assimilate them into Canadian society. They were prohibited from speaking their languages or participating in cultural practices. The commission was created as part of a $5 billion class action settlement in 2006 - the largest in Canadian history - between the government, churches and 90,000 surviving students. THE CANADIAN PRESS/Darryl Dyck ORG XMIT: VCRD114

Marcha de povos originários em Vancouver, em 2013. Foto: Canada.com

A relatora especial da ONU sobre a violência contra as mulheres, Dubravka Šimonović, apelou ao governo do Canadá para que intensifique seus esforços para prevenir e combater a discriminação e a violência contra as mulheres. Ao final de uma visita de 13 dias ao país, ela pediu melhorias na legislação e uma ação urgente sobre a violência sistêmica contra as mulheres indígenas.

A relatora especial da ONU sobre a violência contra as mulheres, Dubravka Šimonović, apelou ao governo do Canadá para que intensifique seus esforços para prevenir e combater a discriminação e a violência contra as mulheres.

Em um comunicado ao final de uma visita de 13 dias ao país, ela pediu melhorias na legislação do Canadá e uma ação urgente sobre a violência sistêmica contra as mulheres indígenas.

“Apesar da política feminista do Canadá e sua forte vontade política para acabar com a violência contra as mulheres, não existe uma lei nacional baseada em direitos humanos sobre violência contra as mulheres e violência doméstica aplicável a todas as partes do país”, disse.

“Eu, portanto, insto o governo a promulgar uma lei federal para abordar a questão de acordo com os padrões internacionais e regionais de direitos humanos, e peço aos ministros que ratifiquem importantes acordos internacionais e regionais que tratem dessas questões”, acrescentou.

Šimonović elogiou o governo por transformar a Agência Federal do Estatuto da Mulher em um departamento governamental, dizendo que este foi um passo importante que permitiria uma melhor coordenação e alinhamento das leis e políticas. Ela acredita que a atual falta de uma abordagem consistente resultou em leis e políticas estaduais fragmentadas, oferecendo níveis variados de proteção para as mulheres em diferentes partes do Canadá.

A relatora especial visitou três das dez províncias – Ontário, Quebec e Manitoba –, bem como um território, Nunavut, e fez reuniões com representantes de cada um, bem como com outras autoridades relevantes e representantes de organizações da sociedade civil.

Šimonović expressou preocupação com o fato de que as mulheres indígenas das comunidades das Primeiras Nações (First Nations), Metis e Inuit – as três designações que constituem os povos originários na região onde hoje é o Canadá – enfrentaram questões como marginalização, exclusão e pobreza por causa de formas institucionais, sistêmicas e múltiplas de discriminação, nunca abordadas adequadamente pelo Estado.

Ela apelou ao governo para adotar um plano de ação nacional distinto para direcionar o problema.

A especialista também encorajou o governo a estabelecer bases de dados sobre o feminicídio, de acordo com o seu apelo global para ajudar a determinar a extensão do problema.

Fonte: ONUBR