IMG-20230502-WA0001

Cacique Juvenal Payayá *

O Marco temporal é uma das aberrações da jurisprudência medieval brasileiras,  fruto da  estupidez, do colonialismo ainda presente mesmo depois da independência.

O Marco Temporal é machista,  fruto do princípio escravista, do colonialismo quinhentista,   do capitalismo agrário, do modelo agrário exportador, é uma ingratidão branco,  do migrante sem pátria, de seus filhos e netos, do  fugidio  da horror da guerra,  dos expulsos de suas  nações belicosas, quantas famílias desagregadas, desgraçadas, destroçadas,  familiares partidas, aqui  acolhidas,  desterradas em suas branquitudes se sentindo superior, e como migrantes humanitáriamente acolhidas, financiadas pelo tesouro nacional.

Lhes foram alimentados,  doados e financiados glebas de outras terras, empregos, escolas e depois o poder.  Não eram somente migrantes brancos europeus, foram árabes,  asiáticos que  agora mostram a  ingratidão pelo    Marco temporal, ora proposto  pelos povo brancos contra  nós indígenas, pelos filhos, neto  de migrantes. Isso  é o veneno da alma, da ingratidão, é o brancos  que odeia nós nativos e o povo preto ,,-nao branco-.

O Marco temporal é  fruto da incompreensão e do ódio, incompreensão por não  enteder o papel dos povos indígenas como povos originários que exige ter e  preservar o direito e sua cultura, à terra.

Só seu Território sagrado e assim lutar pela  preservação da mãe terra que abriga todos nós, o MARCO TEMPORAL é fruto do ódio da  belicosidades.

Dos que não tem competência de conviver com as diferenças naturais, assim  como as árvores na florestas, como os grãos de areias, como os órgãos do seu próprio corpo em armonia, como os dedos da mão. É fruto da incompetência, do fel.

O Marco Temporal é um trama, uma armadilha diabólico de quem não   compreende a vida como dádiva do Criador de todas vidas que há na terra como mãe, pois quem ama sua mãe não a vende,  pois mãe é mãe e a terra não  mercadoria.

Cacique Juvenal Payayá – Poeta, escritor e um grande líder do povo Payayá da Bahia.