MARCO TEMPORAL O FEL DA INGRATIDÃO
Cacique Juvenal Payayá *
O Marco temporal é uma das aberrações da jurisprudência medieval brasileiras, fruto da estupidez, do colonialismo ainda presente mesmo depois da independência.
O Marco Temporal é machista, fruto do princípio escravista, do colonialismo quinhentista, do capitalismo agrário, do modelo agrário exportador, é uma ingratidão branco, do migrante sem pátria, de seus filhos e netos, do fugidio da horror da guerra, dos expulsos de suas nações belicosas, quantas famílias desagregadas, desgraçadas, destroçadas, familiares partidas, aqui acolhidas, desterradas em suas branquitudes se sentindo superior, e como migrantes humanitáriamente acolhidas, financiadas pelo tesouro nacional.
Lhes foram alimentados, doados e financiados glebas de outras terras, empregos, escolas e depois o poder. Não eram somente migrantes brancos europeus, foram árabes, asiáticos que agora mostram a ingratidão pelo Marco temporal, ora proposto pelos povo brancos contra nós indígenas, pelos filhos, neto de migrantes. Isso é o veneno da alma, da ingratidão, é o brancos que odeia nós nativos e o povo preto ,,-nao branco-.
O Marco temporal é fruto da incompreensão e do ódio, incompreensão por não enteder o papel dos povos indígenas como povos originários que exige ter e preservar o direito e sua cultura, à terra.
Só seu Território sagrado e assim lutar pela preservação da mãe terra que abriga todos nós, o MARCO TEMPORAL é fruto do ódio da belicosidades.
Dos que não tem competência de conviver com as diferenças naturais, assim como as árvores na florestas, como os grãos de areias, como os órgãos do seu próprio corpo em armonia, como os dedos da mão. É fruto da incompetência, do fel.
O Marco Temporal é um trama, uma armadilha diabólico de quem não compreende a vida como dádiva do Criador de todas vidas que há na terra como mãe, pois quem ama sua mãe não a vende, pois mãe é mãe e a terra não mercadoria.
Cacique Juvenal Payayá – Poeta, escritor e um grande líder do povo Payayá da Bahia.