artesanato

Integrando a programação da I Conferência Nacional de Política Indigenista, a feira de artesanato indígena agregou cerca de 40 artesãos que expuseram os mais variados tipos de produtos indígenas. Diversas etnias, lado a lado, mostravam e vendiam o que produzem em suas aldeias.

Vindos de todas as regiões do Brasil, os artesãos indígenas veem a feira como uma de ajudá-los economicamente, assim como toda a comunidade. Como destaca o artesão Txihi Pataxó, do sul da Bahia, “É muito importante porque fortalece o poder aquisitivo dos artesãos, divulgando o seu material (…) eu estou aqui vendendo meu artesanato e, ao mesmo tempo, ajudando famílias de pessoas que fabricam outros tipos de artesanato. E dessa forma trago benefício financeiro para toda a comunidade”. Muriã Pataxó, vizinha de quiosque e conterrânea de Txihi, fez questão de explicar que a venda de artesanato é um meio de sobrevivência para o povo dela: “A importância pra gente é muito grande porque isso é um reconhecimento que a Funai tem com os índios de nos ajudar. Para nós, índios que vivem do artesanato, isso é muito importante pra divulgar a nossa cultura, o nosso artesanato. Para nos ajudar, porque é um meio de sobrevivência para nós.”

Há também uma interação cultural entre os povos presentes na Conferência. Os artesãos perfilados trocam experiências entre si e mostram o que cada um traz da sua própria comunidade. Além disso, indígenas participantes da Conferência fazem questão de dar uma volta pela feira para adquirir produtos e fortalecer a cultura de outros povos. A artesã Valdenira Kaxynawá, do Acre, deu sua visão sobre esse processo: “É muito importante por que outros parentes valorizam os artesanatos de outro povo. Então isso é uma troca de experiências. Tanto a gente vai levar o artesanato deles daqui, como uma valorização, e eles também vão levar o da gente”.