filme indigena

Pernambucano “Martírio”, de Vincent Carelli, revisa a história do povo Guarani Kaiowá

Os longas-metragens que estarão na competição do 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro foram divulgados na manhã desta segunda-feira. Entre os 132 filmes inscritos, foram selecionados nove: o pernambucano “Martírio”, de Vincent Carelli, em colaboração com Ernesto de Carvalho e Tita; “A cidade onde envelheço” (MG), de Marilia Rocha; “Antes o tempo não acabava” (AM), de Sérgio Andrade e Fábio Baldo; “Deserto” (RJ), de Guilherme Weber; “Elon não acredita na morte” (MG), de Ricardo Alves Jr.; “Malícia” (DF), de Jimi Figueiredo; “O último trago” (CE), de Luiz Pretti, Pedro Diogenes e Ricardo Pretti; “Rifle” (RS), de Davi Pretto; e “Vinte anos”, de Alice de Andrade. O longa pernambucano é um documentário do cineasta e indigenista Vincent Carelli, que fundou, em 1986, o Vídeo nas Aldeias, projeto dedicado a divulgar e refletir sobre as lutas dos povos indígenas através do cinema. Neste novo filme, Carelli revisa a história das últimas décadas do povo Guarani Kaiowá. A comissão responsável pela escolha foi composta por Andréa Cals (jornalista e produtora); José Geraldo Couto (crítico de cinema e tradutor); Marcus Mello (crítico de cinema); Pablo Gonçalo (professor de cinema) e Eduardo Valente (crítico e cineasta), que atuou como o curador do evento deste ano.

“Embora não fosse uma pré-condição, achamos interessante que, entre os inscritos, tenhamos encontrado realizadores e produções vindas de todas as regiões do País”, destacou Eduardo, em nota divulgada para a Imprensa. “Os nove longas selecionados, seja os que se passam nos tempos atuais, seja os que fazem referência ao passado ou remetem a uma dimensão atemporal, nos iluminam algo sobre o estado do mundo e das relações humanas hoje: um tempo de inquietações e angústias, mas também de luta, resistência e afirmações de identidades. Seus formatos e gêneros são variados, assim como a experiência de seus diretores e tamanho e fonte dos seus orçamentos, mas os une uma inquietação estética e política contagiante”, ressaltou.