Pesquisa – Monumentos funerários eram tática para manter controle político no Brasil indígena
Culto aos líderes ancestrais era usado por chefes de tribos do sul do país para manter etnia unida contra invasores
Escavação para investigação do povo proto-jê no sul do país.
Se a Netflix é seu abrigo mágico para fugir do mundo das obras didáticas, um grupo de pesquisadores brasileiros e britânicos vai te ajudar a perder o medo de atacar os livros de história do ensino médio em (mais) um melancólico final de tarde de domingo. Ao que tudo indica, a história das tribos indígenas do sul do país não deixa nada a dever para a Batalha dos Bastardos
Em estudo publicado no periódico Journal of Anthropological Archaeology, pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, e da Universidade Federal do Paraná explicam que a invasão tupi-guarani do território que corresponde aos atuais Rio Grande do Sul e Santa Catarina, por volta do ano 1000 d.C., foi duramente repelida pela união política e militar de agrupamentos de índios da cultura proto-jê. No caos, a língua se ramificaria e daria origem aos atuais grupos caingangues e xoclengues.
A exploração arqueológica nos planaltos do Rio Grande do Sul revelou um aumento notável no número e na complexidade das estruturas proto-jê. A maior parte das evidências encontradas consistiam em resquícios de monumentos funerários que, segundo os pesquisadores, eram construídos para honrar os falecidos e mostrar resistência às ameaças externas ao mesmo tempo.
Combater Ramsay Bolton de repente ficou parecendo fichinha, não é mesmo?
*Folha de São Paulo