Escola General Rondon está localizada na aldeia Bananal, em Aquidauana (Foto: MPF/Divulgação)

Índios da aldeia Bananal manifestaram irritação com atual diretora. Eleições devem ser realizadas em cinco meses)

Indígenas da aldeia Bananal e representantes da Prefeitura de Aquidanana participaram de uma reunião que durou cinco horas juntamente com o procurador-geral do MPF (Ministério Público Federal), Emerson Kalif Siqueira, em Campo Grande. Ficou decidido que a escola municipal General Rondon, localizada na aldeia, terá eleição daqui cinco meses para o cargo de diretor.

A decisão foi tomada depois que os índios manifestaram irritação com a nomeação da diretora atual. Desdes o ano passado havia pedidos para que ela fosse exonerada do cargo. O cacique Celio Fialho diz que uma das reclamações é de que a comunidade não foi ouvida antes da nomeação. No mês passado, os indígenas fizeram uma manifestação pedindo a troca, mas a prefeitura não atendeu os pedidos.

O prefeito e vereadores também foram procurados. “Tentei dialogar, tentei uma audiência através dos vereadores, mas não fomos atendidos”, disse o cacique.

Cacique Celio Fialho cobrou da prefeitura a transferência da atual diretora (Foto: Geisy Garnes)Cacique Celio Fialho cobrou da prefeitura a transferência da atual diretora (Foto: Geisy Garnes)

Os procuradores do MPF foram até a aldeia para tomar conhecimento da situação e diante da insatisfação dos indígenas marcou a audiência para hoje. Cerca de sessenta indígenas acompanharam a reunião na Capital, que também contou com o prefeito Odilson Ribeiro, o secretário de Educação, Mauro Luiz Batista, e o procurador-geral de Aquidauana, Heber Seba Queiros.

 

Na reunião ficou acordado que um diretor provisório da cidade ocupará o cargo durante cinco meses, período destinado para a prefeitura organizar uma eleição. Também ficou decidido que 50% dos cargos na escola serão indicados pela prefeitura e os outros 50% pelos indígenas.

O cacique demonstrou insatisfação com a prefeitura. A diretora anterior estava no cargo há oito anos e assim que a atual gestão assumiu a prefeitura, os indígenas pediram um outro nome para que os alunos continuassem motivados.

Fonte: Campo Grande News