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Apelam para novo aldeamento de índios, investigação sobre apropriação de bem comum e presença de armas.

Índios Kaingang estão solicitando que a Justiça Federal intervenha para solução do que consideram graves problemas de apropriação de bens comuns e presença de pessoas com armas de fogo no interior da Terra Indígena de Palmas, sul do Paraná. Através de uma correspondência ao RBJ/Rádio Club AM pedem que famílias expulsas nesta semana sejam novamente aldeadas.

A Terra Indígena  está localizada na fronteira PR/SC pelo Rio Lontras, nos municípios de Abelardo Luz, SC, e Palmas, PR a área tem aproximadamente 3 mil hectares, onde vem aproximadamente 700 pessoas.

O manuscrito  descreve o clima tensão vivido pelos moradores após o episódio de expulsão de pelo menos 15 famílias na madrugada da última quarta-feira (02) pelo cacique e liderança da aldeia, após terem sido totalmente queimados três carros e três casas onde habitavam.

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Eles não são tudo o que o cacique falou (referindo-se a pronunciamento de que o grupo expulso não queria seguir as novas regras impostas pela liderança).Pelo contrário, são gente boa, não são bandidos, não são criminosos, nunca mataram ninguém, também não são rebeldes. São índios inteligentes. Revolta ver que as autoridades da área estão fazendo tudo errado, cita o material  sem identificação.

Outra denúncia formulada é que agora que é hora de colher as lavouras plantadas nas terras dos índios, o lucro fica só entre cinco ou seis pessoas que nada fazem pelos índios que estão vivendo de artesanato e ninguém vê nada de dinheiro da lavoura.

Quanto ao fato denunciado na última quarta-feira pelo grupo de expulsos da terra da presença de arma de fogo no interior da aldeia, inclusive com disparos durante o conflito, a carta/apelo denuncia que um político do município de Abelardo Luz – estaria repassando armas para o interior da aldeia.

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Em outro momento defende o retorno das famílias expulsas para a Terra Indígena, argumentando que não existe lei para desaldear índio. Se ele sair é por vontade própria.O lugar deles é dentro da aldeia, eles são nascidos e criados aqui.

Por fim, apresenta o pedido que a  justiça resolva esta situação destas famílias encarecidamente, pelas crianças. Até porque os indígenas que estão aqui dentro da aldeia não tem nada contra eles.