:: 8/mar/2016 . 21:59
#OQueElasQuerem: o reconhecimento dos povos indígenas
Kayna Munduruku, militante do movimento indígena Foto: Amanda Guimarães
Elas querem #reconhecimento.
“Meu sonho é fazer com que os nossos povos sejam reconhecidos como habitantes de toda terra, pois sofremos preconceito diariamente por sermos índios. Sou Kayna Munduruku, militante do movimento indígena no Estado do Amazonas.
Moro em Manaus há dois anos, mas nasci em uma aldeia, e sei da realidade que todos os meus irmãos enfrentam diariamente nas nossas comunidades. Desejo o desenvolvimento de mais políticas públicas nas aldeias.
Procuro sempre reivindicar por meio de manifestações fazer valer os nossos direitos. Sonho que sejamos lembrados pelas autoridades e também nas escolas, com o estudo da língua tupi-guarani no Brasil. As crianças precisam aprender o significado do ‘índio’ em um país diversificado.
Sendo apenas os meus desejos, sempre irei lutar por aquilo que acredito, pois é meu lema de guerreira e mulher”.
Reportagem: Amanda Guimarães e Camila Pereira :: LEIA MAIS »
Juca Ferreira recebe relatora da ONU sobre os direitos dos povos indígenas
Líder indígena assassinada é lembrada pela ONU no Dia Internacional da Mulher
Organização das Nações Unidas (ONU) destacou na véspera do Dia Internacional da Mulher, o papel da líder indígena Berta Cáceres, assassinada na última quinta-feira (3) em Honduras.
Durante cerimônia realizada em La Paz, segundo relata a TeleSur, indígenas peruanas condenaram o assassinato da ativista hondurenha e destacaram a atuação de muitas outras mulheres que, como Cáceres, têm papéis importantes na sociedade.
“O que mais dói é a impunidade”, diz indígena à relatora da ONU
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados recebeu hoje, 08, por duas horas, a relatora Especial sobre os Direitos dos Povos Indígenas do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas – ONU, Victoria Tauli-Corpuz. A deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP) apresentou à relatora uma carta contendo denúncias de violação dos direitos humanos e de desmonte da política indigenista pelo Governo Federal, em concordância com os setores econômicos do agronegócio, da mineração, do petróleo e geração de energia que “querem se apropriar das riquezas brasileiras sem impedimentos”. A reunião foi acompanhada por diversos movimentos sociais como o Conselho Indigenista Missionário – CIMI, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – APIB, Articulação dos Povos Indígenas do Sul – ARPIN-Sul, a Associação Brasileira dos Antropólogos – ABA, a Via Campesina, o Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA, o Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB, dentre outros.
Na Carta, a deputada Janete denuncia a ofensiva dos setores econômicos contra os povos indígenas, comunidades quilombolas, povos tradicionais, pequenos agricultores e assentados da reforma agrária e meio ambiente com a conivência e a omissão do Estado brasileiro. Ela aponta falta de ação do Governo Federal para homologar novas terras indígenas – “21 processos aguardam a assinatura da presidente Dilma sem que tenham qualquer questionamento”, escreveu – e o desmonte da Fundação Nacional do Índio – FUNAI, com o corte determinado de 60% dos cargos que deverão ser extintos pelo Ministério da Justiça. Falou da morosidade do Judiciário e das decisões contrárias aos povos indígenas e da ofensiva dentro do parlamento cuja representação dos setores econômicos é distorcida pelo poder financeiro e põe em risco os direitos conseguidos pela Constituição de 1988.
Desqualificação – “Só uma forte pressão internacional sobre os financiadores e empresas nacionais e multinacionais e sobre o poder público poderá pôr fim às agressões vergonhosamente naturalizadas”. A pressão se daria pelo boicote aos produtos – carnes, grãos, madeiras, minérios, combustíveis fósseis, etc – oriundos de terras onde há conflitos e violação dos direitos dos povos indígenas. :: LEIA MAIS »
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