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PF (Polícia Federal) intimou a líder indígena Sonia Guajajara, coordenadora executiva da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), em um inquérito aberto a pedido da Funai (Fundação Nacional do Índio) sob a acusação de difamar o governo federal.

A fundação afirma que a ativista e a entidade que ela presidem fizeram acusações que difamaram o governo de Jair Bolsonaro por meio da websérie “Maracá”, que mostra supostas violações de direitos cometidas contra os povos indígenas no contexto da pandemia de covid-19.

De acordo com a Apib, as denúncias que constam no vídeo já foram reconhecidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por meio da ADPF 709. Eis a íntegra.

Segundo a assessoria de Sonia Guajajara, a websérie apresenta dados sobre a propagação do coronavírus entre os povos indígenas e esses números foram considerados fake news.

Reconhecidamente como uma grande liderança indígena no país, Sônia Guajajara representa a Apib, que é uma organização indígena do Brasil, onde atua como grande articuladora em defesa da luta pela terra, como também o meio ambiente em parceria com diversos povos do país.

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Veja (AQUI) Sônia Guajajara com Kahu Pataxó do Mupoiba em uma audiência em audiência em Brasília.

Em nota, a líder indígena afirma que, “o governo busca intimidar os povos indígenas em uma nítida tentativa de cercear nossa liberdade de expressão, que é a ferramenta mais importante para denunciar as violações de direitos humanos”. 

A entidade ainda pontua que mais da metade dos povos indígenas foram atingidos pela covid-19, com mais de 53 mil casos confirmados e 1059 mortos.

 (Clique Aqui) e reveja Sônia Guajara e Carlinhos da Resex de Canavieiras da Bahia, recebendo prêmios no Peru, por defesa do meio ambiente.

A Imprensa entrou em contato com a assessoria da Funai e foi informado que a fundação “não comenta fatos que estão sob apuração em âmbito policial, o que poderia prejudicar o andamento dos trabalhos”.  

No entanto, o órgão destacou que a apuração de fatos supostamente ilícitos reafirma o compromisso com a indisponibilidade do interesse público, tendo em vista que todos os cidadãos, indígenas e não indígenas, estão submetidos à observância da lei brasileira.