Conflitos socioambientais são tema do 3º módulo de formação em PNGATI para o Cerrado
Os modelos de desenvolvimento, a economia e a sustentabilidade no bioma Cerrado são os temas geradores do 3º Módulo do Curso Básico de Formação em PNGATI para o Cerrado, que acontece na sede da Funai, em Brasília, entre 07 e 12 de dezembro.
Realizado pela Funai, Ministério do Meio Ambiente e Projeto Gati, o curso atende ao eixo VII da Política, tendo por objetivo a formação de gestores indígenas e não indígenas para atuar na implementação da PNGATI em todo o território nacional.
Segundo o Coordenador Geral de Gestão Ambiental da Funai, Fernando Vianna, a formação em PNGATI é uma das atividades prioritárias da Coordenação: “A luta política é para fazer a PNGATI ser implementada. O grande desafio que temos hoje, para as situações que envolvem terras indígenas já regularizadas, é gerir os territórios indígenas pensando no futuro”.
Os objetivos da PNGATI estão estruturados em sete eixos temáticos, dentre os quais está o de promover o uso sustentável de recursos naturais e de iniciativas produtivas indígenas.
Pensando nesse desafio, os representantes indígenas de diferentes regiões do Cerrado apresentaram e debateram, durante o curso, suas próprias concepções de bem-estar, felicidade e desenvolvimento. Para Samuel Karajá, cursista da Ilha do Bananal, a felicidade começa com a garantia do território: “Fortalecer o sistema produtivo do povo Karajá é fortalecer a cultura”, destacou, argumentando ainda que um território bem protegido gera fartura, que é o alimento da cultura tradicional do povo Karajá.
No mesmo caminho se posicionaram todos os representantes indígenas, reforçando o caráter comunitário da perspectiva indígena de felicidade. Nesse sentido, João Leôncio Terena destacou que “felicidade é transmitir o conhecimento tradicional aos jovens, é reconquistar a terra, é produzir e ter autonomia e é, principalmente, trabalhar para o bem comum”. Ascom Funai