Trinta indígenas foram habilitadas para solucionar problemas de segurança.
Curso teve duração de três dias e ocorreu na região da Raposa Serra do Sol.

Indígenas da comunidade Willimon, em Uiramutã, região Norte, receberam treinamento para atuar na solução de conflitos em aldeias da região da Raposa Serra do Sol. O estágio, feito pela Polícia Militar, teve duração de três dias e habilitou, no sábado (27), 30 pessoas para solucionar problemas de segurança pública.

Durante o curso ‘Estágio Básico de Conselheiro de Policiamento Comunitária’ os membros selecionados pelas comunidades tiveram aulas sobre conceitos e histórico da filosofia de polícia comunitária e receberam todas as instruções necessárias para a criação de Conselho Comunitário de Segurança.

Lideranças indígenas do município de Uiramutã
participaram do estágio
(Foto: Polícia Militar/Divulgação)

Também foram ministradas aulas sobre técnicas de mediação de conflito e legislação com foco nos temas: competência das autoridades; Lei Maria da Penha; legislação antidrogas; Lei do Desarmamento, e outros assuntos do código de processo penal.

Os indígenas que fizeram o curso devem atuar nas comunidades e no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc).

A ideia do estágio, segundo a PM, é fazer com que os conselheiros tenham conhecimento da legislação.

Para o comandante da Companhia Independente de Policiamento Comunitário, major Miguel Arcanjo, o estágio deve contribuir para a solução de conflitos nas comunidades, tendo em vista que os indígenas possuem regras próprias de convívio.

“Trata-se de um ato que consolida as políticas de aproximação e estreitamento dos laços com as comunidades indígenas. Através desta parceria poderemos resolver juntos os problemas de segurança que afligem as comunidades indígenas”, destacou.

O ‘Estágio básico de conselheiro de policiamento’ foi embasado no projeto político pedagógico da Academia de Polícia Integrada Coronel Santiago e teve o apoio logístico do 6º Pelotão do Exército de Fronteira.