Alunos e professores do Colégio Modelo celebram desempenho no Enem 2023
Quando foi criado, em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio teve 116 mil participantes. Nessa época, não era instrumento de seleção de estudantes para o ensino superior. Essa função foi incorporada em 2004, com o Programa Universidade Para Todos (Prouni), que usa as notas do Enem para distribuir bolsas de estudo em faculdades particulares.
A partir de 2009, o Exame ganhou o formato de vestibular nacional e, em 2016, bateu o recorde de inscritos, 6.136.000. O número de participantes caiu bruscamente nos anos seguintes, descendo a 2.269.000 em 2021, como registrado no gráfico a seguir, do Instituto Nacional de Ensino e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Evolução do número de inscritos no Enem (em milhares) || Fonte Inep
Apesar do encolhimento, o Enem ainda é a principal chave de acesso ao ensino superior no Brasil. Não à toa, escolas usam os resultados de seus alunos como vitrine da educação que oferecem. Nessa época do ano, são comuns os outdoors com fotos de estudantes acompanhadas das siglas das universidades para as quais foram selecionados. A sopa de letrinhas é um certificado de qualidade escolar.
Sem outdoors, mas com 30 egressos aprovados em universidades públicas, o Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, em Itabuna no sul da Bahia repaginou o perfil no Instagram para mostrar o sucesso dos alunos no Enem. A boa nova ganhou a cidade e tem levado pais de estudantes a procurar o Colégio em busca de vagas para os filhos, conta a diretora da escola estadual, Nai Aboboreira, em entrevista a imprensa.
SONHO
Luísa e o professor Thiago Carvalho, orientador do Clube de Robótica
A maioria dos aprovados do Modelo de Itabuna vai estudar na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). É o caso de Luísa Teixeira dos Santos Cardoso, de 18 anos, caloura de Medicina Veterinária. A imprensa, ela disse que sempre sonhou em estudar Veterinária por causa de Flor, a gata com quem viveu por 12 anos.
A despedida da gatinha foi traumática, recordou Luísa, atribuindo a morte de Flor a um erro médico. “A gente não conhecia a médica que fez a cirurgia. Ela fez um procedimento horrível na minha gata. Corremos para uma clínica de Itabuna, mas, infelizmente, foi tarde”. A perda ocorrida em 2019 quase fez a jovem desistir da Veterinária. Mas, ela ressignificou o trauma e investiu no sonho de infância.
Moradora de Itajuípe, Luísa acordava às 4h30min para ir à escola na cidade vizinha. Às quartas-feiras, ficava no Colégio também à tarde, para as atividades do Clube de Robótica Modelo, sob a orientação do professor de Física Thiago Carvalho. A estudante avalia que a experiência multidisciplinar do Clube foi decisiva para seu percurso no Ensino Médio, com a abordagem da metodologia Steam, sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática.
“A gente estudava tudo, desde como fazer um motor funcionar até como as cores daquele robô influenciavam na percepção das pessoas. Consegui aperfeiçoar não só o que eu via em sala de aula, mas também adquiri conhecimentos de fora, que foram muito bem aplicados no Enem”, resumiu.
FOCO
Bruno e sua medalha na 25ª Olimpíada Brasileira de Astronomia
Bruno Costa, de 18 anos, mora no Condomínio Gabriela, em Itabuna. A exemplo de Luísa, também fez todo o Ensino Médio no Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães e frequentou o Clube de Robótica. Programador iniciante, foi aprovado para Ciência da Computação na Uesc. Para ele, tanto a robótica quanto as aulas formais fizeram diferença na preparação para o Enem. “E os nossos professores maravilhosos, que ajudaram pra caramba”, emendou.
Questionado sobre o que diria aos novos alunos do Modelo, recomendou foco e disciplina. “Se você reconhecer a capacidade que tem, entre no clube de robótica, não fique de brincadeira, se esforce, porque o futuro para essas pessoas é grande. No clube de robótica, se você se esforçar, alcança”, assegurou o estudante, medalhista na 25ª edição da Olimpíada Brasileira de Astronomia, de 2022.
DEDICAÇÃO
Rafae (de laranja), com os pais, a irmã e a diretora Nai (no centro)
Quem também conhece e exalta a importância do foco na jornada do Enem é o estudante Rafael Ramos, de 18 anos, novo aluno de Medicina da Uesc. “Sou aluno de escola pública e meus pais são trabalhadores que me incentivaram desde cedo a estudar. Minha trajetória foi marcada por muito esforço. Não pensava em Medicina como minha profissão dos sonhos, mas, com alguns empecilhos que apareceram em minha vida e com bastante incentivo do meu pai, decidi tentar passar nesse curso”, explicou o futuro médico a imprensa, por mensagem de texto.
Egresso do Colégio Modelo de Itabuna, Rafael frequentou a escola de manhã e manteve rotina obstinada de estudos no tempo livre. Após o breve descanso do almoço, voltava a estudar às 13h30min e levava até as 17h. Para relaxar, uma atividade física antes da janta e do terceiro turno de lições, que seguia até as 22h. Era assim de segunda a sexta. Só diminuía o ritmo nos finais de semana. “Mas não deixava de estudar nem mesmo nesses dias”.
ORGULHO
Educadores do Modelo: Thiago Carvalho, Márcia Alessandra Guimarães, Alex Nascimento, Nai Aboboreira, Maria Goretti Silva, José Carlos Gabriel, Fábio Souza e Herbert Damasceno
À frente do Colégio Modelo de Itabuna, a diretora Nai Aboboreira fez questão de ressaltar o resultado da escola como fruto de trabalho em equipe, sem esconder o orgulho do seu time. “Sinto gratidão por estar em uma posição em que a gente pode fazer a diferença na vida desses meninos, com todo o apoio que a gente tem da equipe do Modelo. Não é só a gestão, a coordenação, os professores. São, também, os funcionários, os pais”.
Luísa, Bruno, Rafael e tantos outros colegas encerraram sua jornada no Modelo, mas não estarão sozinhos daqui para frente. Junto com os pais e responsáveis, a equipe do Colégio criou uma rede de apoio para ajudar os estudantes na graduação. “Vamos apoiar e ver o que eles precisam para superar as dificuldades que vão enfrentar por lá também, porque não é só passar. É permanecer no curso e se tornar um bom profissional. É isso que a gente quer”.
Foram dois dias de festa contagiantes para os foliões. (Foto: @ronieloy)
Após mais de três décadas sem celebrar o Carnaval, o distrito de Taunay, localizado a 208 quilômetros de Campo Grande, reviveu a tradição festiva em grande estilo nos dias 9 e 10 de fevereiro. Com uma iniciativa voltada para resgatar a cultura e tradição no território indígena, o evento foi marcado por uma atmosfera de alegria e integração.
Um grupo de indígenas Potiguara, residentes na aldeia do Alto Tambá, localizada no litoral da Paraíba, tem dedicado os últimos três anos a uma árdua tarefa: a recuperação do leito do rio do Aterro. Nas redes sociais, eles compartilham a jornada de revitalização desse importante recurso hídrico, uma iniciativa que vem ganhando destaque pela sua relevância ambiental e social. :: LEIA MAIS »
O V Congresso Internacional Mundos Indígenas, América (V COIMI, Abya Yala), que acontecerá entre os dias 20 e 23 de agosto deste ano, está com inscrições abertas para Simpósios e Minicursos que podem ser ministrados durante o evento. Em 2024 o congresso será sediado pela Universidade Federal de Roraima (UFRR), em parceria com o Instituto Insikiran.
Por mais um ano, Ilhéus e o sul da Bahia recebem milhares de turistas na alta estação e esse fluxo de visitantes aumenta ainda mais com a chegada do carnaval. São milhares de pessoas de diversos lugares chegando pelo Aeroporto Jorge Amado, Porto Internacional do Malhado e principalmente pelas rodovias federais e estaduais. :: LEIA MAIS »
Revista Pihhy traz pensamento indígena como destaque em 2024 ‘Pihhy’, em mehi jarka, língua falada pelo povo Mehi-Krahô, significa semente e é o nome escolhido para a revista multimídia que inaugura o “Programa Conexão Cultura e Pensamento”. A iniciativa é uma parceria entre o Ministério da Cultura (MinC), através da Secretaria de Formação, Livro e Leitura/DIEFA e o Curso de Educação Intercultural, do Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena, da Universidade Federal de Goiás (UFG). O lançamento ocorre na segunda-feira (29), em formato virtual.
O Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia – MUPOIBA, e a ANAI, divulgam carta cobrando empenho das autoridades pela elucidação da morte do Cacique Lucas, que aconteceu no território do Povo Pataxo hã hã hãe no Sul da Bahia.
A carta denuncia também que mais de trinta pessoas foram assassinadas no território Caramuru-Paraguaçu, e pedem um empenho maior das autoridades competentes, apuração dos fatos, e que os culpados possam ser identificados e presos.
O documento é assinado pelo coordenador do Mupoiba, Agnaldo Pataxó e o presidente da ANAÍ, José Augusto Laranjeiras Sampaio.
As indígenas Maria Tereza, Nara Raquel Rute Nara . Foto: divulgação
Os estudantes da Educação Indígena da rede estadual de ensino conquistaram resultados significativos no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2023. Um exemplo notável são as três estudantes do Colégio Estadual Indígena Capitão Francisco Rodelas, que se destacaram na redação, alcançando pontuações superiores a 900. Em 2023, o Estado manteve 27 escolas indígenas, totalizando 6.470 alunos, evidenciando o compromisso com a diversidade cultural. :: LEIA MAIS »
O presidente da Ação Bahia Walney Magno, com o coordenador da Setaf Litoral sul Bernadino Rocha, em visita a aldeia do cacique Renildo Tupinambá em Olivença.Foto: Divulgação: Funai / MPI
Aquisição de veículos, embarcações e equipamentos em 14 estados ajuda a garantir o transporte dos alimentos produzidos e levar a quem mais precisa.
O Governo Federal destinou de forma inédita recursos para fortalecer a capacidade logística das populações indígenas que participam do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) firmou parcerias com a Funai e órgãos gestores do PAA em 14 estados para a compra de veículos, embarcações e equipamentos. O investimento é de cerca de R$ 40 milhões.
A Maurício de Sousa Produções, empresa que leva o nome do famoso autor da Turma Mônica, decidiu homenagear a escritora e poeta indígena Eliane Potiguara. A homenagem que acontecerá no projeto Donas da Rua, pertencente a Turma da Mônica, será por meio da personagem Jurema, que será incansável na luta pela preservação dos direitos dos povos originários, assim como Elaine. :: LEIA MAIS »