:: 24/jun/2016 . 9:23
Indígenas se preparam para 6ª Edição do Festival de Música Indígena do Eware
Os objetivos são valorizar a cultura indígena das etnias existentes no Alto Solimões e fomentar o combate ao alcoolismo e o uso drogas
Começa na próxima quinta-feira (30) a 6ª edição do Festival de Música Ondígena do Eware. O evento será na comunidade Belém do Solimões, em Tabatinga, e tem como público-alvo jovens indígenas da região.
Os objetivos são: valorizar a cultura indígena das etnias existentes no Alto Solimões; fomentar o combate ao alcoolismo, o uso drogas e à violência. O festival também vai promover o encontro de todas as instituições religiosas existentes nas comunidades indígenas.
Um dos organizadores do festival, Frei Paulo Braguine, falou da expectativa para o evento: “estamos em um momento muito bom, de grande alegria. Em Belém, o povo está na expectativa. Ver o movimento dos jovens, na preparação da acolhida, vendo onde vão dormir os convidados, e principalmente nos ensaios, ensaiando os cantos as danças, pintado as roupas, é um entusiamo incrível”.
Segundo Frei Paulo, mais de 800 indígenas de diversas comunidades e etnias do Alto Solimões estarão presentes no festival. “Entre 20 e 40 comunidades, uma media de 500 a 800 indígenas, mas a certeza teremos só no dia 30. Será um dia de grande movimentação, de vida.”
Dentro da programação está, ainda, a escolha da índia mais bela, com a premiação para vencedora. Os jurados serão representantes não-indígenas de instituições da região que vão avaliar quesitos como letra, dança, pinturas corporais e interpretação.
O Festival de Música Indígena do Eware tem o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Exército Brasileiro, que vai fazer a segurança na realização do festival.
Indígenas, quilombolas e caiçaras querem autogerir áreas que Alckmin deve privatizar
Sem terem sido ouvidas, comunidades tradicionais intensificam mobilização contra sanção de PL 249/2013, já aprovado, que transfere à iniciativa privada 25 áreas florestais
São Paulo – Comunidades indígenas, quilombolas, caiçaras e outras tradicionais, residentes em áreas que compõem os parques e unidades de conservação estaduais que deverão ser concedidos à iniciativa privada, reivindicam a autogestão. Reunidos em consulta pública na tarde de hoje (23), na Assembleia Legislativa de São Paulo, suas lideranças reafirmaram a resistência contra o Projeto de Lei (PL) 249/2013.
De autoria do governo, o projeto aprovado no último dia 1º, às vésperas do Dia Mundial do Meio Ambiente, autoriza o governo a conceder, por até 30 anos, 25 áreas florestais localizadas em várias regiões do estado para exploração econômica.
“Sempre fomos excluídos de todas as discussões que nos dizem respeito, como a da criação de parques e áreas de………. :: LEIA MAIS »
Mato Grosso do Sul concentra mais de 60% dos assassinatos de indígenas do Brasil
Nos últimos 12 anos, mais de 400 indígenas foram mortos no Estado do Centro-Oeste
*Karina Vilas Boas
- Enterro do agente de saúde indígena Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza, 23 anos, Reserva Te’ykue, Caarapó, MS
Mato Grosso do Sul voltou a ser foco dos noticiários com as atrocidades cometidas contra o povo Guarani e Kaiowá no último dia 14 de junho. Um ataque de pistoleiros armados, mais conhecidos como “jagunços”, contra a comunidade da terra indígena Dourados-Amambai Peguá, localizada no município de Caarapó, resultou no assassinato do Kaiowá e agente de saúde indígena, Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza, de apenas 23 anos.
Relatos dos próprios indígenas revelam que o ataque durou cerca de quatro horas. Além do jovem assassinado, outras seis pessoas ficaram feridas por armas de fogo e foram encaminhados ao hospital, entre elas, uma criança de 12 anos, que foi atingida no abdômen. As vítimas permanecem internadas no Hospital da Vida, no município de Douradas. Apenas uma mulher, que foi atingida no braço, teve alta no início dessa semana, mas as outras se encontram em estado grave, com tiros no coração, cabeça, tórax e abdômen. O massacre foi uma resposta à……….. :: LEIA MAIS »
Políticas Públicas para comunidades indígenas serão discutidas em Cacoal
Audiência Pública será realizada na Câmara de Vereadores, na sexta, 27.
Propostas poderão se transformar em leis municipais.
Para facilitar a escoação dosprodutos agrícolas cultivados nas aldeias indígenas de Cacoal (RO), município a 480 quilômetros de Porto Velho, indígenas, órgãos públicos e população em geral, entrarão em discussão durante uma audiência pública que será realizada na sexta-feira (24). Com o tema: “Discutir a Implementação Efetiva de Políticas Públicas Locais para as Comunidades Indígenas”, a audiência será realizada no auditório da Câmara de Vereadores.
Para o coordenador da Fundação Nacional do índio (Funai) em Cacoal, Ricardo Prado, essa audiência poderá quebrar algumas barreiras impostas pela administração pública, que costuma se esquivar das responsabilidades com os indígenas, alegando não ter permissão de acesso as aldeias.
“Ainda pensam erroneamente que a as políticas públicas nas aldeias precisam ser realizadas pelo Governo Federal, mas nós não recebemos orçamento para isso. Nós queremos mostrar o que os indígenas geram de renda e as dificuldades enfrentadas para conseguir trazer esses recursos para o município”, destacou.
Com a audiência pública, o objetivo é discutir, junto às lideranças indígenas, políticas públicas que possam ser desenvolvidas nas comunidades indígenas. Após entrarem em acordo do que poderá ser feito, as solicitações serão encaminhadas para a prefeitura, onde deverá solicitar da Câmara que as propostas se tornem lei. Tudo que ficar acordado em lei em benefício indígena, deverá ser desenvolvido pela prefeitura. A audiência está prevista para começar às 9 horas e a expectativa é que haja a participação de 15 etnias indígenas
Seduc implanta primeira escola indígena do Piauí
Inserindo-se no compromisso de levar políticas públicas aos povos indígenas do Piauí, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) implanta a primeira escola totalmente indígena do Estado. Nesta quarta-feira (22), representantes da Seduc e da Secretaria de Governo (Segov) estiveram em Piripiri para acertar os últimos detalhes antes do início das aulas.
Segundo dados do IBGE, em 2010, cerca de três mil piauienses se declaravam índios. Atualmente, são reconhecidas pela Funai e Fundação Palmares comunidades indígenas nos municípios de Piripiri, Lagoa de São Francisco e Queimada Nova. Outras comunidades espalhadas em 36 municípios do Estado estão em processo de reconhecimento, desfazendo o mito de que no Piauí não existem índios. :: LEIA MAIS »
Povos indígenas do Piauí serão contemplados com regularização fundiária
Nesta quarta-feira (22), uma equipe da Superintendência de Movimentos Sociais, da Secretaria Estadual de Governo, viajou até Piripiri para conversar com integrantes da população indígena do município. Na segunda-feira (27), outra equipe se deslocará até Queimada Nova com o mesmo intuito.
O secretário de Governo, Merlong Solano, adiantou que uma das primeiras frentes de atuação será a identificação do diagnóstico situacional, para a definição de ações destinadas a resguardar direitos básicos da população indígena piauiense que, segundo Censo Demográfico realizado pelo IBGE em 2010, é de cerca de três mil índios.
Encarregada de responder aos pleitos elencados na Carta dos Povos Kariri e Tabajara, a Superintendência de Movimentos Sociais reuniu servidores de diversos órgãos na terça-feira (21). “Recebemos do governador Wellington Dias a missão de coordenar os trabalhos, com o objetivo de promover a…. :: LEIA MAIS »
Assinatura de cooperação garantem água para Reserva Indígena de Dourados
A FUNASA (Fundação Nacional de Saúde) e a SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena) assinam, nesta quinta-feira (23), um termo de cooperação técnica para a perfuração de um novo poço na Aldeia Jaguapiru, situada na Reserva Indígena de Dourados. A assinatura acontecerá às 15:00 horas na Câmara de Vereadores.
O termo de cooperação possibilitará à FUNASA, com sua experiência de vários anos atendendo à questão indígena, auxiliar à SESAI na busca de uma solução para o problema da falta d’água na Reserva em Dourados.
“Recebi a solicitação dos parlamentares e, ao analisar o caso, chegamos à conclusão de que poderíamos atender a essa demanda, com o objetivo de, pelo menos, minorar o problema da falta de água na Aldeia Jaguapiru, em Dourados”, explica o superintendente estadual da FUNASA em Mato Grosso do Sul, Sérgio Castilho.
MPF apura danos causados por queda de avião em terra indígena de MT
O Ministério Público Federal em Mato Grosso (MPF-MT) determinou a abertura de inquérito civil para apurar possíveis danos sofridos pelos índios da etnia Kayapó em razão da queda de um avião da companhia áerea Gol, em 2006, na terra indígena Capoto Jarina, próximo ao município de Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá.
O avião fazia o voo 1907, entre Manaus e Rio de Janeiro, e caiu após se chocar com um jato Legacy que seguia para os Estados Unidos, com sete pessoas a bordo. Ao todo, 154 pessoas que estavam no voo da Gol morreram no acidente, entre passageiros e tripulantes. O Legacy conseguiu pousar numa base aérea no Pará e todos os ocupantes sobreviveram.
A portaria que determinou a instauração do inquérito civil foi assinada pelo procurador da República Wilson Rocha Fernandes de Assis, que atua em Barra do Garças, a 516 km da capital, no dia 3 de junho, que alegou levar em consideração “a necessidade de aprofundar a instrução relativa aos danos gerados em razão da queda de aeronave na terra indígena”. Conforme consta na portaria, a apuração foi desmembrada do inquérito civil que investiga os possíveis……. :: LEIA MAIS »
PF diz que investigação sobre ataque a índios “segue em ritmo acelerado”
Equipes da Polícia Federal continuam no município de Caarapó, a 283 km de Campo Grande, coletando depoimentos e levantando provas sobre o ataque de seguranças e fazendeiros a índios guarani-kaiowá, na manhã do dia 14 deste mês na fazenda Yvu, arredores da aldeia Tey Kuê. Seis índios ficaram feridos a tiros e o agente de Saúde indígena Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza, 26, morreu após ser baleado durante o confronto.
As investigações começaram na quarta-feira passada e foram reforçadas no fim de semana com a chegada de 20 agentes do COT (Comando de Operações Táticas) da Polícia Federal. Homens da Força Nacional de Segurança Pública, enviados pelo Ministério da Justiça, e policiais militares de Mato Grosso do Sul também continuam na área.
“O que posso divulgar é que as investigações seguem em ritmo acelerado e a PF está comprometida em identificar todos os autores dos crimes cometidos”, limitou-se a afirmar ontem o delegado Marcel Maranhão, da delegacia da Polícia Federal em Dourados e responsável pelas investigações.
Maranhão atua em Caarapó desde a semana passada e entre as ações já feitas na área de conflito estão buscas em propriedades rurais próximas à aldeia e em caminhonetes de fazendeiros e funcionários, em busca de armas. O resultado não foi informado.
Corpo de delito – Três dos seis índios feridos no ataque, que segundo os guarani-kaiowá foi liderado por produtores rurais vizinhos da aldeia e praticado por um grupo em pelo menos 70 caminhonetes, fizeram ontem exame de corpo de delito em Dourados, a 233 km de Campo Grande.
Um representante do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) acompanhou o exame e informou que dois índios foram feridos com pelo menos 15 tiros de bala de borracha. Uma das vítimas está com três balas alojadas no corpo.
Apenas Jesus de Souza, 29, que teve de passar por uma nova cirurgia no domingo, permanece internado no Hospital da Vida, em Dourados. Os demais já tiveram alta.
Além da Yvu, onde ocorreu o confronto e onde o corpo de Clodiodi foi enterrado há uma semana, os índios ocupam outras duas fazendas e pelo menos oito sítios nos arredores da reserva de Caarapó.
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